Os mais atentos devem ter reparado na minha ausência dos últimos dias. O motivo mais do que justificado foi um mini-curso de empreendedorismo na óptica da sustentabilidade do negócio.
Como alguns saberão, deixei de trabalhar por conta de outrem no início do ano passado e habituo-me agora, pouco a pouco, a uma nova rotina ainda um pouco desconhecida para mim: a de freelancer.
Sim, à partida tem-me trazido tudo o que procurava; horários flexíveis, qualidade de vida, mais tempo para dedicar ao meu filho etc. mas não deixa de ser uma incerteza e de me colocar em papeis anteriormente desconhecidos para mim, o de líder, o de comercial, o de decisor...
Foi por isso que decidi assistir a este mini-curso de empreendedorismo sustentável e perceber os meus pontes fortes e os fracos e como melhora-los.
1. Não é empreendedor quem quer ou precisa mas sim quem tem perfil para isso
O empreendedor entra, por norma, em várias partes do negócio e acompanha todo o processo do seu desenvolvimento, de uma ponta a outra. Para que isso resulte é necessário que esteja aberto a aprender novas coisas rapidamente e que a sua personalidade lhe permita estar à vontade em áreas que à partida não seriam as suas.
2. O importante é a sustentabilidade
Analisar, analisar e voltar a analisar. Podemos ter a melhor ideia de negócio, mas se depois de analisadas todas as vertentes do projecto, o mesmo não revelar a rentabilidade desejável, não vale a pena avançar. Empreendedorismo sim, mas com vista à sustentabilidade do negócio (e do empreendedor).
3. Escolha bem o seu "companheiro de viagem"
Não escolha um sócio porque o conhece muito bem, ou há muito tempo, e sempre foram os melhores amigos. Escolha para essa viagem, um companheiro que partilhe a sua visão do destino e do caminho para lá chegar.
4. A importância da visualização
Dizem os especialistas que o nosso cérebro processa a visualização, ou imaginação, de uma forma muito semelhante à experiência real, quase sem conseguir distingui-las. Por isso, ao visualizarmos aquilo que queremos para nós, estamos a dar um empurrãozinho para facilitar que aconteça.
Imaginem-se daqui a cinco anos. Como querem estar? Pensem em cada detalhe. E para lá chegar? Onde estaria daqui a três anos? E neste mesmo dia, daqui a um ano? Provavelmente então esse é mesmo o caminho que terá de fazer. Rumo traçado, é só avançar.
5. A maior qualidade de um empreendedor é a sua capacidade de resiliência.
A vida de um empreendedor tem muitas curvas e contra curvas e para supera-las é preciso não só saber voltar "à forma" inicial após cada revés, mas também reinventar-se para se superar a si próprio.